terça-feira, 4 de novembro de 2014

O casamento de Suzane

Bem, o título já é bem sugestivo. Durante a semana passada esse assunto tomou conta das redes sociais em uma proporção que não deveria ser tão grande.

Suzane Richthofen, que matou os próprios pais em 2002, se casou com outra prisioneira no presídio onde se encontra. O fato que gerou discussão e polêmica foi que a sua esposa, Sandrão, é ex de Elize Matsunaga, que matou e esquartejou seu marido no ano passado.

Casamento e namoro entre prisioneiras não deveria causar esse alvoroço todo, já que é algo comum em presídios grandes.

O que mais me chamou atenção foram as fotos publicadas no site da Marie Clarie, junto com uma entrevista com Suzane. Nas fotos, as presidiárias aparecem comemorando o festival de Miss Primavera. Estava tudo tão lindo! Juro. Enfeites, prisioneiras e candidatas bem vestidas e até os carcerários estavam animados.

Meus olhos se encheram de lágrimas. Pois, antes de traficantes, assassinas, sequestradoras e tudo mais, elas são humanas, mulheres, pessoas. Tem sentimentos como cada um de vocês que estão lendo esse artigo. Sofrem, sentem culpa, arrependimento e felicidade. Óbvio, existem aquelas que se forem soltas, trarão malefícios para sociedade (novamente), mas existem aquelas que realmente se arrependeram, estão pagando pelos seus erros.

Afinal, quem não comete erros? Elas cometeram, eu já cometi e você também, claro que em níveis diferentes, mas não deixam de ser erros.

Suzane disse que ainda pretende voltar a estudar e ser mãe. E ela não está errada. Todos temos direito de sonhar.

O que me fez quase chorar ao ver as fotos foi o fato de nelas, transparecer a humanidade e o sentimento de cada presidiária. Pois antes de prisioneiras, adolescentes, professores e mães, somos humanos.

Suzane com Miss Primavera 2013 e uma das candidatas.


OBS: Ah, uma dica é assistir a série Orange is The New Black, uma das minhas preferidas, que se passa num presídios para mulheres.

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